Com a privacidade dos usuários cada vez mais protegida através da legislação, chegou a vez dos navegadores protegerem os usuários.
Google Chrome
O Google lançou em 2018 uma versão do seu navegador com um bloqueador de anúncios já incorporado. O filtro de anúncios não foi criado para remover todos os anúncios de um website, afinal, seria um paradoxo muito grande uma empresa que vive disso cortar sua principal fonte de receita. O bloqueio ocorre para todos os anúncios que violam a Coalisão para Melhores Anúncios (Coalition for Better Ads). Anúncios de tela cheia, anúncios que tocam vídeos ou sons automaticamente e imagens piscantes são alguns dos tipos de anúncios que serão filtrados.
Apple Safari
Muitos anunciantes salvam cookies no navegador para criar uma “impressão digital” e rastrear os usuários. Esses cookies são muitas vezes usados para identificar usuários retornando, para enviar anúncios ou até mesmo para identificar perfis demográficos dos usuários, as aplicações são infinitas. Recentemente, o navegador Safari tornou isso mais difícil, com um recurso chamado de Prevenção Inteligente de Rastreamento. O recurso impede que os sites de mídia social rastreiem você em outros sites sem a sua permissão (cookie pool).
Qual o impacto para o e-commerce?
As principais lojas virtuais do mundo já iniciaram sua adaptação e agora permitem que o usuário tenha controle sobre as informações armazenadas sobre ele. Muitos sistemas de e-mail marketing só permitem que um e-mail seja cadastrado com dupla verificação (double opt-in). Muitos usuários já estão navegando com bloqueadores de scripts e de anúncios, ou usando navegação anônima. O grande problema é que o usuário não decidia quando e como gostaria de ser rastreado ou contactado, mas não quer dizer que nenhum usuário esteja disposto.
Muitos usuários optam por receber informações por e-mail, em alguns casos o CTR (taxa de cliques) de um formulário de e-mail chega a 15% dependendo da mensagem. Ou decidem por receber notificações no browser, com CTR de até 5%. Ou aceitam compartilhar seus dados para melhorar sua experiência de compra.
Para minimizar o impacto dos bloqueios, a alternativa é a transparência. Ofereça benefícios em troca da possibilidade de comunicação com o cliente, como lançamentos antecipados, descontos ou informações relevantes. Sempre haverão canais de comunicação, mas a perseguição online dos anúncios de remarketing e dos e-mails trackeados tem seus dias contados.