Durante o F8, evento que apresenta as novidades da família Facebook, o CEO da companhia Mark Zuckerberg anunciou novas funcionalidades de comércio eletrônico para o WhatsApp.
O app vai liberar no próximos meses uma funcionalidade que permite lojas e empresas que utilizam o WhatsApp Business a apresentar seu catálogo de produtos e serviços diretamente no app através de uma interface padronizada.
Muito provável que esta funcionalidade seja fornecida a partir do Facebook Business, que compartilha o catálogo de produtos com a conta empresarial do Instagram e também a página do Facebook da empresa.
“Em um ano, milhões de pequenos negócios usam o WhatsApp Business para se comunicar com os seus clientes. Agora, estamos lançando uma nova ferramenta, Catálogo de Produtos. Você conseguirá ver facilmente o que está disponível de cada empresa”, afirmou o fundador do Facebook.
“Isso será especialmente importante para todos os negócios que não têm presença na internet [site próprio, por exemplo] e que estão aumentando o uso de plataformas de uso privado para interagir com seus clientes”, concluiu.
Pagamentos
Além do catálogo, foi apresentado também uma solução de pagamentos que está em desenvolvimento muito parecida com o que é oferecida no WeChat, concorrente com forte presença na Ásia. No exemplo apresentado no evento, é possível ver uma conversa onde o consumidor solicita um produto e o lojista envia uma solicitação de pagamento.
Esta funcionalidade está sendo testada na Índia entre usuários do WhatsApp e o feedback tem sido muito positivo. A solução não tem nada de inovadora, pois os concorrentes do app já operam com funcionalidades muito mais amplas e validadas e outros mercados.
O que muda ?
O comércio eletrônico por aplicativos de mensagens e redes sociais já acontece há diversos anos. As plataformas se adaptam lentamente para tentar capturar o valor gerado por essas transações ao limitar a inclusão livre de fornecedores e controlar as interações.
O meio de pagamento provavelmente cobrará taxas dos vendedores e facilitará as transações que acontecem naturalmente nas plataformas. Exemplo disso é o Instagram e o WhatsApp (ambos pertencentes ao Facebook) se transformando em marketplace para monetizar a partir da sua base de usuários sem depender exclusivamente de anúncios.
Para os lojistas, só resta aguardar que as funcionalidades cheguem por aqui e que as integrações colaborem com a eficiência operacional.